terça-feira, 4 de agosto de 2009

Me chamaram de louco, de rebelde, de criança, esqueceram de me chamar de poeta.

Um poeta faz o que não é certo fazer, um poeta acorda no meio daquelas pessoas vestidas com roupas iguais que caminham no mesmo caminho, o caminho de sonhos projetados, de vontades vazias e de vidas translúcidas, ele acorda e para, sofre esbarrões, é xingado, mas enfim consegue perceber que aquele andar é errado, se projeta para fora daquela fila de zumbis e a observa, como dói a ele ver tanta gente diferente agindo da mesma forma.
Um poeta quer ver isso acabar, quer que todos virem poetas, que todos criem, sonhem, renasçam, vivam a vida da forma mais bela. Um poeta acredita na diferença, um poeta é diferente.
Um poeta vê tudo em cores, vê a saída, vê luzes em todos os lados. Ele flutua por sobre as pessoas que tudo ignoram e consegue ler pensamentos, ver sofrimentos e disparar sorrisos. Não aceita o padrão, não aceita a imposição, quer tudo que é seu, quer que tudo seja seu.
Já conheceu a lua, viu as estrelas, sonhou com os deuses, quis pelo menos namorar um. Ele brinca como uma criança, brinca com o mundo, com as palavras, com a verdade.
E tudo que o poeta faz, não faz por simplismente por fazer, tudo que um poeta faz, faz para tirar daquela fila você!

É, um poeta também é louco!


Um comentário:

Unknown disse...

muito nós, sse seu texto, ficou muito bom ;) mas as vezes nosso motivo nem é tão altruísta. Fazemos o quê fazemos simplesmente em desespero, por que após constatarmos nossa diferença de fato tememos a solidão e tudo que vem com ela. Queremos compania e queremos explicações, pq só dançamos com nossas penas brancas sujas de tinta negra porque a embalamos em nosssas questões, duvido logo existo? ou melhor, duvido logo vivo